terça-feira, 12 de abril de 2011

QUAL A SUA AVALIAÇÃO DO ATUAL PROCESSO ELEITORAL?

Uma eleição para Reitor da UFRJ cuja única exigência é o título de Doutor quando quase 90% do corpo docente da Universidade têm o título de doutor, precisa ser repensado pelo Conselho Universitário, para que não se estimule a candidatura de aventureiros.  Outro aspecto que vem chamando a atenção é a forma como alguns dos candidatos vem fazendo a sua campanha eleitoral. Será que faixas, santinhos, jornais são as melhores forma de propaganda, quando até nas recentes inssureições nos países do Oriente Médio e da África foram usadas as redes de informação da Internet? A grande contradição, é que alguns Diretores de Unidades vêm usando estas redes para convencer professores, estudantes e técnicos administrativos de suas Unidades a votarem em seus candidatos.
 A forma como vem se dando os debates, nos quais são feitas promessas irrealizáveis, vem apequenando o processo eleitoral. Se forem construídos tantos alojamentos e bandejões como vêm sendo prometidos, faltará espaço para salas de aulas no campus da Cidade Universitária. As questões de fundo como não rendem votos, são deixadas de lado. Falar em avaliação docente, avaliação de Unidades, meritocracia acadêmica, profissionalização da gestão e expansão dos Cursos Noturnos de Licenciatura, é um grande sacrilégio. Tudo se critica, desde o Reuni ao trânsito caótico do campus da Cidade Universitária, esquecendo-se que a UFRJ vive um grande apagão cultural, e que está cada vez mais fragmentada. Cada vez temos menos professores em sala de aula, como se o exercício da docência fosse uma atividade de segunda categoria. Não se pode esquecer que na Universidade deve-se produzir conhecimento, e as ideias devem ser livres, sem as amarras do autoritarismo.
A forma como o debate vem se dando, quando alguns candidatos deixam de lado a discussão sobre quais os rumos acadêmicos que a UFRJ deve seguir, para se comportarem como gladiadores e guardiões da moralidade pública poderá mergulhar, mais a frente, a UFRJ numa nova grande crise, esfacelando-a ainda mais. Passadas as eleições, será necessário que todos se envolvam nas discussões da Reforma do Estatuto da universidade, e que a paz volte a reinar.
A UFRJ não pode continuar sendo atropelada pelo Governo Federal, pelas agências de fomento ou por quem quer seja. É preciso que volte a exercer sua autonomia, e recupere a unanimidade que já foi. Os pró-Reitores não podem continuar sendo escolhidos porque são de Unidades com alta densidade eleitoral. Mais importante do que as Unidades as quais pertençam, são os seus perfis acadêmicos.
A UFRJ tem um alunado de excelência, e professores e técnicos administrativos de excelente qualidade. Falta, entretanto, que esta riqueza se traduza na criação de novos conhecimentos, e que a universidade se aproxime mais da Sociedade, que financia este enorme complexo acadêmico. É preciso que as portas da Universidade estejam abertas para receber, com qualidade, mais estudantes. É uma vergonha que só 12% dos brasileiros jovens estejam nas universidades brasileiras,  sendo que 70% destes na rede particular. É necessário que o campus de Macaé se expanda e que o Pólo de Xerém se consolide. A interiorização é uma necessidade do estado do RJ. Deve-se lutar por uma segunda fase do Programa Reuni para que estes campi se consolidem. Uma universidade como a UFRJ, com um enorme contingente de mestrandos e doutorandos, precisa aproveitar melhor seus pós-graduandos em sala de aula e nos laboratórios, e acabar de vez com os professores substitutos.
Os concursos para docente devem ser repensados. Eles vêm sendo feitos, nos mesmos padrões de 20 anos atrás, quando a pós-graduação era incipiente. Hoje, não se pode esquecer que são formados cerca de 12000 doutores por ano. Os concursos para Professor Titular têm que ficar abertos durante no mínimo 120 dias. Hoje, em algumas Unidades estes concursos ficam abertos somente durante 30 dias. O debate eleitoral deixou estas e outras questões importantes de lado, caiu em promessas e propostas vazias. Agradar e não descontentar o eleitorado passou a reger os discursos de alguns dos candidatos. Um Reitor deve exercer sua autoridade sem ser autoritário. Promessas e recompensas não cabem mais na UFRJ do século XXI. Um debate vazio de idéias, como está sendo este, levará certamente a uma grande abstenção nesta eleição para Reitor da UFRJ.  O modelo de debate adotado, no estilo do ocorrido nas últimas eleições presidenciais, contribuiu para o pouco aprofundamento das questões de fundo. Como candidato a Reitor pela Chapa 99, ao aceitar o modelo de debate que ocorreu, não posso eximir-me de culpa.
Entretanto, gostaria de mais uma vez reafirmar que não somos adversários, somos apenas candidatos a Reitor, e que terminada as eleições, o Reitor eleito deve ter o apoio de todo o corpo social da UFRJ, e dos outros três candidatos. A UFRJ somos todos nós. Por isso é importante votar. Por uma UFRJ autônoma, crítica e plural, onde as idéias prevaleçam sobre os dogmas, e que as promessas de campanha não caiam no esquecimento.
Angelo C. Pinto
Chapa 99

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Chapa 99 mostra sua transparência no Centro de Ciências da Saúde

O auditório Rodolpho Paulo Rocco (Quinhentão) ficou lotado, nesta segunda-feira (4/04), no quarto e penúltimo debate entre os candidatos à sucessão da Reitoria da UFRJ (2011-2015). Não era pra menos, o Centro de Ciências da Saúde (CCS) é o maior colégio eleitoral da UFRJ e é na área da saúde onde estão baseados todos os quatro indicados nas chapas para ocupar a vice-reitoria.

Em meio a um público híbrido trajando camisetas amarelas e roupas azuis, exibindo ainda no peito botons de seus respectivos candidatos, a chapa 99 destacou-se entre as demais por abdicar da propaganda político-acadêmica e optar por uma campanha baseada na transparência de idéias, com uma proposta embasada para transformar a UFRJ em, realmente, uma universidade do século XXI.

A chapa 99 quer uma UFRJ verde e nesse aspecto é importante que termos consciência que a universidade do século XXI não permite mais esse tipo de propaganda. Não permite também camisetas amarelas e nem botons. Uma eleição para reitor da UFRJ tem que ser feita na base de ideias” – observou o Prof. Angelo Pinto, candidato da chapa 99.

Para o professor titular do Instituto de Química é urgente que se faça o resgate acadêmico da UFRJ. “Nós não somos mais unânimidade nem no Rio de Janeiro e muito menos no Brasil. Estamos atrás não só das Universidades de São Paulo como também de outras federais” – afirmou.


Propostas para o Centro de Ciências da Saúde

O CCS em termos de pesquisa, sem dúvida, é o Centro mais avançado da UFRJ. Por outro lado, as condições de trabalho aqui são muito precárias. Não podemos, entretanto, isentar os professores do CCS por essa situação” – advertiu o candidato da Chapa 99.

Em sua fala, chamou a atenção para o fato de que também é responsabilidade de todos os diretores de unidades a captação de recursos para melhorar a sua infraestrutura e não só a aquisição de grandes equipamentos. “Esse é um aspecto que não pode ser negligenciado!” – exclamou.

Não a como nos dias de hoje a Reitoria abrir a carteira e tirar todos os recursos para um determinado centro na UFRJ, mas há maneiras de manter e aprimorar a infraestrutra de cada centro. O que nos podemos e o que a chapa 99 pretende fazer, é discutir como os recursos orçamentários podem ser destinados a melhoria da infraestrutura do CCS, já que é aí onde se tem a liderança de pesquisa na nossa universidade” – explicou o Prof. Angelo Pinto


Otimizando recursos do CT-INFRA

O CT-Infra é um fundo setorial criado para viabilizar a modernização e ampliação da infraestrutura e dos serviços de apoio à pesquisa desenvolvida em instituições públicas de ensino superior brasileiras, por meio de criação e reforma de laboratórios e compra de equipamentos, entre outras ações. Para a chapa 99, deveria haver uma negociação estratégica entre os pesquisadores da UFRJ para que, a cada ano, um grupo específico recebesse estes recursos. Esta negociação é necessária.

Quando eu coordenei os recursos dos primeiro CT-Infra do Centro de Ciências Matemáticas (CCMN) e Centro de Tecnologia (CT) no montante de quase 5 milhões de reais, fizemos um plano executivo e o executamos. A COOPE se absteve de receber esses recursos em função das  condições ótimas de infraestrutura que já dispunha” – ilustrou o candidato. Em sua opinião, seria possível implementar um rodízio de CT-Infra, já que esses recursos são de um montante considerável.
Angelo Pinto completou dizendo que o CT-infra poderia ainda ser usado na criação de laboratórios compartilhados para doutores recém ingressos nos centros. “É extremamente importante que os novos docentes tenham o apoio” – observou o candidato que tem entre suas propostas a criação de um “Curso de Minerva” para familiarizar todos os novos docentes, técnicos administrativos e alunos com a estrutura universitária da UFRJ.
No Curso de Minerva os docentes recém-ingressos irão conhecer como funcionam as principais agências de fomento nacionais e internacionais e seus principais editais. Grupos mais experientes poderão ensinar para os mais jovens o caminho da captação de recursos para pesquisa” – explicou o Prof. Angelo Pinto.

Repúdio a Medida Provisória 525 e 520

Aprovada em 14 de fevereiro de 2011, a Medida Provisória 525 dispõe que as vagas de professores nas instituições podem ser ocupadas por professores temporários, sem a obrigatoriedade da promoção de concursos públicos. Quando questionado sobre a MP 525, o candidato da chapa 99 mostrou-se contra a medida:

Somos contrários a professores substitutos nessa universidade. Nós alcançamos um nível em que substitutos não cabem mais na UFRJ. Temos uma pós-graduação muito forte. Vários cursos com conceito na Capes 6 e 7. Por que não usar os alunos de doutorado em funções docentes supervisionadas?

No que diz respeito à Medida Provisória 520, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) com a finalidade de gerir os hospitais das instituições federais de ensino superior, o Prof. Ângelo Pinto também se mostrou contrário.

Essa Medida Provisória nos devemos rechaçar, mas também não é com a política de contratação extra-quadros atual que o Hospital Universitário vai se desenvolver. O HU deve ser, antes de mais nada, um laboratório de Ensino e Pesquisa” – observou o candidato sugerindo a criação de uma comissão interna e externa para dar um norte para o hospital Universitário.

Espelhando-se em Hospitais Universitários modelos como o da Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e com o auxílio de uma junta de ex-diretores do Hospital Universitário, será possível organizar sua gestão e definir suas prioridades. Para a chapa 99, não é o Reitor que deve tomar a frente do processo, mais sim o seu corpo social.

Pauta semestral para Conselho Universitário
Uma pauta semestral com itens a serem de debatidos no Conselho Universitário foi proposta pelo candidato Ângelo Pinto para que o Conselho tenha certa organização. Para ele, o Conselho Universitário é a principal instância dessa universidade e ele não deve existir somente para apagar “incêndios”, tem que discutir os rumos da UFRJ. “É importante que essa pauta exista em função dos grandes problemas dessa universidade” – explicou.


Recapitulando as propostas

No debate à sucessão da Reitoria, realizado no Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRJ, o Prof. Angelo Pinto aproveitou para reiterar outros pontos importantes de sua plataforma de gestão da universidade. Entre eles a necessidade de cada centro apresentar relatórios anuais de suas atividades (transparência), incentivo à qualificação do corpo técnico-administrativo da UFRJ, política de expansão dos cursos de licenciatura noturna e assistência estudantil mediante contrapartida de prestação de serviços à comunidade.
Na chapa 99 não há promessas e muito menos recompensas. Cada um de vocês eleitores tem que decidir o que é melhor para a Universidade. Aquele que traz realmente uma proposta nova. Votem sem medo. Votem no melhor” – recomendou Ângelo Pinto que encerrou o debate deixando a seguinte mensagem:
 - Nós temos estudantes excelentes, um ótimo corpo docente e bons técnicos-administrativos – e eu, como sou químico, diria –  na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma e é com esse material humano que nos poderemos fazer a universidade do século XXI!

Por Lúcia Beatriz Torres
Jornalista

quarta-feira, 6 de abril de 2011

REPRODUÇÃO DA MATÉRIA PUBLICADA NO O GLOBO EM 05/04/2011

Por Lauro Neto

O GLOBO: Qual é a sua opinião sobre cotas?
ANGELO PINTO: A decisão de reservar 20% das vagas para estudantes da rede pública estadual e municipal e das escolas da Faetec, deixando de fora os colégios federais, universitários, militares e de aplicação, e não levando em consideração os critérios étnico-raciais ou de renda, é a posição da chapa 99 (a dele) com relação às cotas.
Como vê a adesão da UFRJ ao Enem/Sisu?
PINTO: A chapa 99 considera o Enem um grande avanço do MEC para democratizar o acesso às vagas nas instituições federias de ensino superior. O exame estimula uma reestruturação do ensino médio e é muito mais racional do que o vestibular. Enquanto o Enem testa o conhecimento do estudante, o vestibular avalia a sua capacidade de memorização. O Enem deve ser a primeira fase do processo de ingresso seletivo da UFRJ. Mas, ainda é cedo para que todas as vagas sejam preenchidas por ele. O Sisu, além de ser uma forma inteligente de acabar gradualmente com o vestibular, aumenta a possibilidade de melhores alunos entrarem para os cursos mais concorridos.
Quais os seus planos para alojamento universitário e assistência estudantil?
PINTO: Bolsas para todos os estudantes carentes, mediante desempenho escolar e prestação de serviços, que devem ter relação com o curso; criação de um alojamento universitário para alunos de pós-graduação que vierem de outros estados e países, com permanência máxima de seis meses. No alojamento universitário, os estudantes poderão permanecer por um período máximo de três meses após a conclusão do curso. Não serão alterados os critérios de seleção vigente para o acesso dos estudantes, mas a seleção será ágil.
O que pretende fazer em termos de expansão universitária e interiorização, já que o Reuni termina este ano e a UFRJ está bem atrás de outras federais em termos de construção de prédios para cursos novos?
PINTO: Um dos itens do Programa da Chapa 99 é o apoio a interiorização. Mas, antes de tudo é importante consolidar o campus de Macaé e o pólo de Xerém, ainda com muita precariedade em suas infraestruturas. A Reitoria buscará parcerias com a Prefeitura de Macaé e com a Petrobrás para a consolidação e expansão do campus universitário de Macaé. No Pólo de Xerém, além da Prefeitura de Duque de Caxias e da Petrobrás, aumentaremos ainda mais a parceria com o Inmetro. Xerém continuará como um pólo de alta tecnologia. Não estamos prevendo a criação de novos Cursos em Xerém, para os próximos 2 anos, além dos já existentes.
Qual o seu compromisso com o Hospital Universitário e com o curso de Medicina de Macaé, que passam por problemas graves, levando em consideração a Medida Provisória para criar uma estatal gestora dos hospitais universitários que fariam contratações pela CLT e não por concurso?
PINTO: Nós nos comprometemos a garantir toda a infraestrutura necessária aos estudantes do Curso de Medicina do campus de Macaé. É inviável, dada as distâncias, que estes estudantes frequentem os laboratórios da Faculdade de Medicina e do Centro de Ciências da Saúde do campus universitário da Ilha do Fundão. A Prefeitura de Macaé e a Petrobrás devem ter responsabilidades com a manutenção de toda a infraestrutura das unidades do campus.
A UFRJ deve defender sua autonomia, e rechaçar a MP-520, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, porque esta não irá resolver os problemas dos hospitais universitários.


Fonte: http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/04/05/candidatos-reitor-discutem-suas-propostas-no-polo-de-xerem-antes-conheca-aqui-algumas-ideias-de-mais-dois-deles-924160765.asp

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Chapa 99 apresenta-se no maior colégio eleitoral discente da UFRJ

Quando os estudantes do Centro Acadêmico Candido Oliveira (CACO) perceberam que a Faculdade Nacional de Direito (FND) tinha ficado de fora do calendário oficial de debates de sucessão à Reitoria, logo agendaram um encontro entre os candidatos das quatro chapas concorrentes com os alunos do curso de Direito.

Durante o evento, realizado na última sexta-feira (1/04), a chapa 99 teve a oportunidade de apresentar seu programa de gestão para a comunidade acadêmica, onde se concentra o maior colégio eleitoral discente entre todas as Escolas da Universidade.

Na ocasião, os estudantes puderam ir ao púlpito e fazer perguntas diretamente aos candidatos, sobre seus planos para a Faculdade Nacional de Direito ao longo dos próximos 4 anos.


Transferência para o Fundão

Quanto à questão da transferência da Faculdade de Direito para o Campus da Cidade Universitária o Prof. Angelo Pinto garantiu que a Chapa 99 será sempre favorável à democracia interna da Escola:

- Só iremos transferir para o Fundão a FND se isso for vontade do corpo social da Unidade. Particularmente, acho que esse é um prédio histórico importante que deve continuar sendo ocupado pela Faculdade de Direito.

Depois da Independência do Brasil, o edifício abrigou o Senado Imperial, cujas salas testemunharam importantes episódios da história nacional como, por exemplo, assinatura da Lei Áurea em 1888.  


Melhoria de Infraestrutura

No que diz respeito à melhoria de infraestrutura do prédio da Faculdade Nacional de Direito, Angelo Pinto aconselhou o seu corpo docente e discente a redigir projetos específicos visando à captação de recursos voltados para essa questão:

- Recursos não são dados, são captados mediante projetos. Se vocês conseguirem fazer projetos, certamente terão esses recursos, mas não esperem que as pró-reitorias abram as carteiras e distribuam recursos aleatoriamente. Eu não posso fazer essa promessa.

Segundo o candidato da chapa 99 é possível fazer essa captação de recursos através, por exemplo, da Lei Rouanet, de editais da Petrobrás, Finep, entre outros. A justificativa para o pleito poderia ser a recuperação do papel da Faculdade Nacional de Direito na história do Brasil.


Implementação da nova grade curricular


Para que a implementação da nova grade curricular na Faculdade de Direto possa ser feita em curto prazo, Angelo Pinto sugeriu uma política de contratação de Professores Visitantes que atenda ao Projeto Político Pedagógico da FND. A médio e longo prazo o candidato da chapa 99 recomendou uma reformulação no concurso de docentes da instituição e a implantação de uma avaliação anual interna para todos os professores.

A interdisciplinariedade da grade curricular foi apontada pelo Professor Angelo Pinto como um dos aspectos mais importantes de uma universidade do século XXI. Para ele, os estudantes do curso de direito deveriam ter aulas com professores de outros institutos para que haja a transferência de conhecimento em áreas complementares. Para ilustrar citou o Instituto de Química e a questão das leis das patentes.


Administração do Canecão


Quando questionado sobre a melhor forma de gestão do Canecão, o professor Ângelo Pinto reconheceu o despreparo da UFRJ na área e mostrou-se favorável à administração terceirizada e compartilhada:

 - O Canecão é uma casa de espetáculos que é a cara do Rio. É um ponto de atração turística deste Estado. A universidade é uma péssima administradora. Vejam essa estrutura aqui da FND, vejam a estrutura de toda a universidade. Será que nós teremos condições de administrar uma casa de espetáculos que é a cara do Rio? Se nós errarmos colocaremos a sociedade inteira contra nós.

Para ele, entretanto, essa é uma questão que ainda não está fechada, poderá ser discutida como todo corpo social da universidade, para que de uma forma democrática e esclarecida chegue-se a uma melhor forma de administração. 



sexta-feira, 1 de abril de 2011

Chapa 99 em busca da UFRJ do século XXI

Pra você, como seria a UFRJ do século XXI? A chapa 99 apresentou suas propostas no debate à sucessão da Reitoria, realizado na última terça-feira (29/3), no auditório do Centro de Tecnologia (CT), no campus da Cidade Universitária da Ilha do Fundão.


Uma UFRJ líder, baseada no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão, que oferece cursos noturnos de qualidade e uma infraestrutura moderna da tecnologia de informação e comunicação.

Uma UFRJ verde, arborizada, com parques tecnológicos de reciclagem, preocupada com a emissão de carbono zero para atmosfera.

Uma UFRJ acolhedora, responsável pela assistência estudantil e pela ascensão funcional de seus técnicos administrativos.

Uma UFRJ inovadora, que atrai para si centros de pesquisa externos a UFRJ como forma de estimular o empreendedorismo e melhorar o ensino de graduação.

Uma UFRJ transparente, que usa as mídias virtuais para divulgar seus relatórios anuais prestando contas à sociedade dos recursos públicos nela investidos.



Em meio à comoção pela perda de um patrimônio histórico inestimável, devido ao incêndio na capela do Palácio Universitário do campus da Praia Vermelha, e as reivindicações dos estudantes alojados por uma moradia mais digna, teve início o terceiro debate das eleições à Reitoria 2011-2015.

Mais uma vez, a chapa 99 largou na frente apresentando propostas consistentes para transformar a UFRJ em uma universidade do futuro, com uma expansão não só em números, mas também em qualidade.


Reconquista da liderança acadêmica

Melhoramos muito nas últimas avaliações dos programas de pós-graduação da UFRJ, mas é importante que a excelência se faça sentir também no ensino de graduação. Não adianta termos vários grupos de excelência quando muitas vezes o ensino de graduação é negligenciado.” – observou o professor Angelo Pinto.

Para ele, a avaliação é essencial para que a UFRJ retome a liderança na área acadêmica e científica. “Precisamos de avaliação no sentido mais amplo da palavra, vendo a qualidade como meta” – ressaltou o candidato da chapa 99, propondo uma avaliação interna imediata dos cursos recém criados pela Pró-Reitoria de Graduação e o resgate da figura do Professor Visitante, para estimular o intercâmbio com membros da comunidade científica externa a UFRJ.

Reunir pesquisa, ensino e extensão, essa tríade é indissociável. Muitas vezes o ensino ajuda no avanço da extensão e ela pode se beneficiar de um projeto de pesquisa. Essa integração é uma de nossas metas” – completou.


Ascensão funcional dos técnicos administrativos

Nós devemos capacitar e qualificar todos os nossos técnicos administrativos. Admitir que 23% do corpo técnico administrativo da UFRJ não têm o Ensino Médio completo é uma irresponsabilidade” – avaliou o professor Ângelo Pinto.

Segundo ele, o Sindicato da categoria e a Reitoria da UFRJ devem se juntar para garantir na lei federal o estímulo e o direito à ascensão funcional.  É lamentável que o servidor consiga, com muito sacrifício, o seu diploma e se qualificar, e não tenha a ascensão funcional”.


Atração de Centros de pesquisa externos a UFRJ

Na universidade do futuro, nós não podemos ficar distantes dos parques tecnológicos. Um centro de pesquisas de qualidade poderá ter impacto muito grande inclusive no ensino de graduação” – ressaltou o candidato da chapa 99.

Em sua opinião, a presença de centros de pesquisa externos a UFRJ, no campus universitário, pode propiciar um ambiente favorável ao empreendedorismo.

Como pesquisador eu nunca poderia ter uma posição contrária à presença de Centros de Pesquisa externos dentro dessa universidade, o que tem que haver é transparência nos contratos, isso é a regra básica da sociedade. Sem transparência não se avança” – declarou.

UFRJ Verde


Nós não podemos nos omitir na questão do verde na UFRJ, temos que ocupar o campus  preservando as áreas verdes” – chamou a atenção o professor Angelo Pinto, que luta pelo projeto de emissão de carbono zero na universidade.

Todo o pesquisador ou Diretor de Unidade, que faça a expansão do seu parque de equipamentos, tem que ter como contrapartida a plantação de árvores no campus, isso deve ser uma regra” – avaliou.

A criação de um parque tecnológico de reciclagem que integre a pesquisa, ensino e extensão na cadeia produtiva é uma dos pontos principais de seu programa para a Reitoria.

Normalmente nós nos preocupamos com as grandes metas, com os grandes projetos e esquecemos que o planeta tem grandes problemas. Cabe a nós na universidade contribuirmos para a sua sustentabilidade” – refletiu o candidato da chapa 99.



Expansão Cursos Noturnos de Licenciatura


Cursos noturnos significam justiça social, pois é à noite que podemos atender aquela grande massa de jovens que querem cursar uma universidade, mas precisam trabalhar durante o dia. E essa expansão deve se dar, principalmente, nas Licenciaturas” –  pontuou o professor Angelo Pinto, consciente da deficiência brasileira em termos de qualificação de recursos humanos para atuar no ensino Fundamental e Médio.

Segundo ele, a expansão dos cursos noturnos deve vir acoplada a uma política de contratação de novos docentes e técnicos administrativos. “Ocupar essa universidade é responsabilidade nossa!” – exclamou.

Moderna Infraestrutura de Tecnologia da Informação

Atualmente, cada Diretor de Unidade, estrutura com recursos próprios, a sua rede de tecnologia da informação e comunicação.  Com estruturas separadas, as redes não estão em sintonia com a universidade. Elas precisam ter estruturas centrais” – observou o candidato da chapa 99.

Para ele, discutir em conjunto o que a comunidade interna deseja em termos da tecnologia da informação é o primeiro passo para nos tornarmos a UFRJ do século XXI.



Estudantes, Técnicos Administrativos e Docentes reflitam sobre os seus votos. CHAPA 99 nas eleições para a Reitoria da UFRJ. As urnas estarão tlhes esperando nos dias 11,12 e 13 de abril de 2011.Exerçam seu direito de votar. Vote!

terça-feira, 29 de março de 2011

Perguntas dos Estudantes do Centro Acadêmico Candido de Oliveira da Faculdade de Direito para a Chapa 99.

1-QUAL SEU PROJETO PARA UMA MAIOR INTEGRAÇÃO CULTURAL E ACADÊMICA PARA AS UNIDADES QUE SE SITUAM FORA DA CIDADE UNIVERSITÁRIA, IFCS, PRAIA VERMELHA E, MAIS ESPECIFICAMENTE, A FND?
 Esta integração será feita pelo FORUM DE CIÊNCIA E CULTURA, com a participação do corpo social das Unidades sediadas fora da Cidade Universitária, no que tange as atividades culturais, e as acadêmicas pela Pró-Reitoria de Graduação em conjunto com os coordenadores de Ensino das Unidades. O Centro Acadêmico Candido de Oliveira – CACO – dada a sua tradição em defesa da Universidade terá muito a contribuir para a integração cultural e acadêmica de toda a UFRJ. 
2.     COMO O SEU PLANO DE GESTÃO PRETENDE SUPRIR A GRANDE NECESSIDADE DE PROFESORES INERENTES AO NOVO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA FND? E COMO O PPP SE INSERE NESSE PLANO?

A área do DIREITO tem particularidades que a diferencia, por exemplo, da área de Ciências Exatas. Na FND podem ser abertas vagas de concursos para 20 horas, e de 40 horas sem a exigência da dedicação exclusiva. A abertura destes concursos certamente atrairá profissionais altamente qualificados, cuja experiência será de grande importância para o corpo discente da FND. No curto prazo, pode ser implantada uma política de Professor Visitante que atenda ao Projeto Político Pedagógico da FND. Mas, qualquer que seja esta política, não se pode esquecer que os projetos para a FND têm que ter a participação do seu corpo social, ao qual está integrado o CACO, e que a abertura de vagas para concurso na UFRJ é atribuição do Conselho Universitário.       

3.     COMO A FND SERÁ BENEFICIADA COM A POLÍTICA PARA A ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL EM GERAL, E MAIS ESPECIFICAMENTE EM RELAÇÃO AS COTAS, EM SUA GESTÃO?
A decisão do atual Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro de reservar 20% das vagas para estudantes da rede pública estadual e municipal e das escolas da Fundação de Apoio à Escola Técnica, deixando de fora os colégios federais, universitários, militares e de aplicação, e não levando em consideração os critérios étnico-raciais ou de renda, é a posição da chapa 99 com relação às cotas. Os candidatos a Reitor e a Vice-Reitor da chapa 99 consideram que o conceito de raça é antropológico, e que o berço da humanidade é a África. Os genes de negros e brancos são praticamente os mesmos. A chapa 99 não admite o preconceito, e será firme contra qualquer atitude preconceituosa na universidade, seja ela de qualquer origem.
Bolsas para todos os estudantes carentes, mediante a prestação de serviços e desempenho escolar. Estes serviços deverão ter relação com o Curso do estudante, de modo que estes saiam mais qualificados e com sólida formação acadêmica. 
4.     CURSOS NOVOS: NOS ÚLTIMOS TEMPOS A UNIVERSIDADE TEM SE ATUALIZADO E CRIADO NOVOS CURSOS. COMO SERÁ A POLÍTICA DA GESTÃO COM RELAÇÃO AOS MESMOS E QUAL A POLÍTICA DE EXPANSÃO QUE SE PRETENDE SER FEITA?
 A criação de novos Cursos na UFRJ é uma realidade. Estes, agora, devem passar por avaliações permanentes para que tenham o mesmo padrão de qualidade dos Cursos tradicionais. A proposta da chapa 99 é expandir o número de vagas nos Cursos Noturnos de Licenciatura, oferecendo a infraestrutura necessária para o funcionamento desses Cursos. Um dos grandes problemas do Brasil é a falta de professores de Química, Física e Matemática para o Ensino Médio, e a UFRJ não pode ficar alheia a esta realidade. Qualquer expansão necessita de recursos, e não podemos esquecer que o REUNI termina este ano. Mas, antes de se pensar na criação de novos Cursos, temos que consolidar o campus de Macaé, e atender as necessidades das Unidades e Faculdades que estão sediadas fora dos campi da Cidade Universitária e da Praia Vermelha.
5.     ESTATUINTE. NOS ÚTLIMOS TEMPOS A UNIVERSIDADE TEM COMO FOCO SUA ESTATUINTE? O QUE O CANDIDATO PENSA SOBRE O ASSUNTO? E QUAIS OS PRINCIPAIS PONTOS A SEREM ABORDADOS PARA VOCÊ NESTA QUESTÃO? 
 A Estatuinte não pode ser mais adiada porque o estatuto da UFRJ necessita de uma ampla reformulação. Temos que enfrentar a discussão, por exemplo, da Departamentalização na Universidade, o que significa ser um Órgão Suplementar, um Núcleo, um Instituto, o papel das Decanias etc... Qual o papel da Universidade no século XXI? Como ensinar artes, ciências, direito, em época, que se antecipa o fim dos livros em papel? São grandes questões que vão exigir a participação de todo o corpo social da UFRJ.
6.     COMO A FND SERÁ BENEFICIADA, DE ACORDO COM SEU PLANO DE GESTÃO, NO QUE CONCERNE A BOLSAS DE INCIAÇÃO CIENTÍFICA E BOLSAS DE MONITORIA?    SERIA POSSÍVEL A CRIAÇÃO DO PET (PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL), NA FND, SEMELHANTE AOS QUE EXISTEM NO CURSO DE DIREITO DA PUC, ASSIM COMO FARMÁCIA, ODONTOLOGIA, ENGENHARIA CIVIL E COMUNICAÇÃO, TODOS DA UFRJ? COMO SERIA POSSÍVEL A CRIAÇÃO DESSE PROGRAMA?
As bolsas de Monitoria são diferentes das bolsas de Iniciação Científica, enquanto estas últimas estão vinculadas as linhas de pesquisas, as de Monitoria são dirigidas para as atividades de ensino. Há as bolsas de Extensão, cujo número aumentou muito na gestão atual da PR-6. Estas podem ser de enorme importância para os estudantes da FND.
A criação de um Programa PET na FND cabe ao seu corpo docente. O PET é um Programa de acompanhamento discente cujos resultados são muito positivos nas Unidades onde foi implantado. A Pró-Reitoria de Graduação deve ser o catalisador para aproximar os Coordenadores de Cursos de todas as Unidades e Faculdades da UFRJ. Nada mais saudável do que a troca de experiências.  Para isto estão previstas reuniões regulares dos coordenadores de Ensino com a Pró-Reitoria de Graduação. No Caso da criação de um Programa PET na FND, a primeira coisa a fazer é aproximar os coordenadores do PET da Farmácia, da Odontologia, da Engenharia Civil e da Comunicação com os docentes e a Direção da FND e do CACO.
7.     QUAIS AS PROPOSTAS OBJETIVAS PARA MELHORIA DO RANQUEAMENTO DA FND JUNTO ÀS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELO MEC E NO EXAME DA OAB?
O corpo discente da FND é de alta qualidade. Uma Reitoria da UFRJ, qualquer que seja ela, não pode admitir, sob qualquer hipótese, avaliações ruins do MEC ou da OAB para a FND. Para que estas avaliações ruins não aconteçam deve haver uma correta política de contratação docente, e avaliações anuais do desempenho docente. A proposta da chapa 99 é implantar a avaliação anual docente, e de todas as Unidades e Faculdades da UFRJ.
8.     O CACO TEVE PAPEL FUNDAMENTAL NA REESTRUTURAÇÃO DA FND, COM A EXPULSÃO DO EX-DIREITOR ARMÊNIO EM 2004. E AGORA A PROGRESSIVA MELHORA DA FACULDADE É EVIDENTE, SOB VÁRIOS ASPECTOS. CONTUDO, AINDA HÁ ESPAÇOS ESSENCIAIS PARA O CORPO DISCENTE QUE NÃO RECEBEM A DEVIDA ATENÇÃO. LEMBRANDO QUE A REITORIA SE COMPROMETEU A AJUDAR E A REESTRUTURAR A FACULDADE, QUAIS SÃO SEUS PLANOS PARA A BIBLIOTECA CARVALHO DE MENDONÇA PARA QUE MUDE POSITIVA E EFETIVAMENTE EM TERMOS DE ESPAÇO, INFRA-ESTRUTURA E QUANTIDADE DE LIVROS?
Um dos itens do Programa da chapa 99 e a melhoria das bibliotecas da UFRJ. A chapa 99 tem entre seus objetivos reunir as bibliotecas por Centros no campus da Cidade Universitária e da Praia Vermelha, desativando gradativamente as bibliotecas setoriais das Unidades, mantendo e melhorando as bibliotecas das Faculdades e Unidades que estão fora dos campi. Os recursos economizados com a centralização das bibliotecas, por Centros, nos campi serão aplicados nas bibliotecas das Unidades isoladas.
O PORTAL DA CAPES reúne milhares de periódicos científicos e grandes coleções de acesso on-line. Por isto, uma das propostas da chapa 99 é a informatização das bibliotecas e melhorias das redes.
9.     É MUITO IMPORTANTE A CRIAÇÃO DE UM NIAC TAMBÉM NO CENTRO DA CIDADE, JÁ QUE É UM LUGAR COM GRANDE DEMANDA DE SERVIÇO JURÍDICO GRATUITO E GEOGRAFICAMENTE ESTRATÉGICO PARA OS CURSOS QUE PARTICIPAM DESSE PROJETO, COMO PSICOLOGIA E DIREITO. ANALISE A VIABILIDADE DE ABERTURA DE UM NOVO NÚCLEO E COMO ELA OCORREIRA?
 O NIAC - Núcleo Interdisciplinar de Ações para a Cidadania - constituído por projetos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade Nacional de Direito, Instituto de Psicologia e Escola de Serviço Social da UFRJ, que oferece atendimento integrado à população, com eixo na questão de Direitos Humanos, é uma atividade de Extensão das mais importantes. Sua ampliação depende de recursos e da participação do corpo social da FND. No momento, qualquer promessa da chapa 99 é prematura. Entretanto, eleitos discutiremos com os representantes do CACO e com a Direção da FND a abertura de um novo Núcleo, se isto for desejo do seu corpo social.  
10 .  A PÓS-GRADUAÇÃO É ESSENCIAL PARA QUALQUER FACULDADE. NO MOMENTO, ELA É MAIS AINDA PARA FND, JÁ QUE AS PESQUISAS NA GRADUAÇÃO VEM SE INTENSIFICANDO, COMO DEMONSTRAM OS ULTIMOS DADOS DO CCJE SOBRE A JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. A PESQUISA, ENTRETANTO, NECESSITA DE UMA SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE. SENDO ASSIM, QUAIS SÃO OS SEUS PLANOS PARA A CRIAÇÃO DE NOVAS LINHAS DE PESQUISA NO MESTRADO, ASSIM COMO A CRIAÇÃO DE UM DOUTORADO, NA FND? 
Não cabe a Reitoria a criação de linhas de pesquisas, estas são de iniciativa e responsabilidade dos professores. Quando se analisa os Programas de Pós-graduação em Direito no País, e em particular no estado do Rio de janeiro, onde há Cursos consolidados de mestrado e doutorado como os da UERJ, PUC-RJ e Universidade Gama Filho, fica claro que a PR-2, por ter grande responsabilidade com os Cursos novos de PG, deve acompanhar o Mestrado na Faculdade Nacional de Direito, cuja criação foi em 2009, para que na próxima avaliação da CAPES o Curso tenha pelo menos o conceito 5. Com um corpo docente qualificado como é o da PG da FND e com os melhores estudantes de Direito do Brasil, o conceito 5 é o mínimo que se pode esperar. A nossa Reitoria pode ajudar muito para que isto aconteça, por exemplo, traçando uma política para a contratação de Professores Visitantes e lutando, junto ao Conselho Universitário, para a abertura de vagas para concurso docente, na categoria de Adjunto, para a FND.

segunda-feira, 28 de março de 2011

DEBATE EM MACAÉ

A Comissão Coordenadora do Processo Sucessório (CCPS) realizou, na última quarta-feira, 24/03, no Auditório Claudio Ulpiano, na Cidade Universitária da UFRJ em Macaé, o segundo debate visando às eleições para reitor no quadriênio 2011-2015. Na ocasião, os professores Alcino Câmara Ferreira Neto, Ângelo da Cunha Pinto, Carlos Antônio Levi da Conceição e Godofredo de Oliveira Neto expuseram suas principais propostas.
A exemplo do debate realizado do CFCH, o evento foi dividido em quatro blocos. No primeiro, cada candidato se apresentou para o público; no segundo, os professores fizeram perguntas entre si. Já no terceiro, o candidato que formulava as perguntas tinha direito à tréplica e, finalmente, no quarto e último bloco os candidatos responderam a questões por escrito da plateia.
Ângelo da Cunha Pinto, da Chapa 99, “Por uma UFRJ transparente”, propôs uma UFRJ verde, com emissão zero de carbono. O candidato sugeriu ainda o status de Pró-reitoria para a representação da UFRJ em Macaé, incluindo a viabilidade de residência fixa para professores e pesquisadores na cidade. O professor do Instituto de Química (IQ) da UFRJ reivindicou ainda a igualdade na avaliação do Ministério da Educação e da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) entre os cursos ministrados no Rio e em Macaé. Ângelo solicitou ainda que os debates sejam disponibilizados via Internet para o grande público, para fins de igualdade de condições entre os candidatos. A íntegra dos debates já está sendo veiculada pela WebTV UFRJ, em “Eleições 2011”.
Fonte: http://www.ufrj.br/mostraNoticia.php?cod_noticia=11344#

sexta-feira, 25 de março de 2011

Chapa 99 larga na frente no primeiro debate à sucessão da Reitoria


No primeiro debate a corrida e concorrida sucessão eleitoral na Reitoria da UFRJ, a chapa 99 largou na frente. Lutando “Por uma UFRJ transparente”, a chapa formada pelos professores Ângelo da Cunha Pinto do Instituto de Química e Eliezer Jesus Barreiro da Faculdade de Farmácia surpreendeu ao apresentar propostas consistentes para colocar a UFRJ no topo das universidades, no quadriênio 2011-2015.

Realizado na noite do dia 22 de março, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) do Campus da Praia Vermelha, este foi o primeiro debate de uma série de cinco que estão previstos para acontecer em diferentes unidades da UFRJ. Nesse ciclo, o campus de Macaé e Xerém também serão contemplados.

Sua presença no debate surpreendeu a todos que pensavam haver apenas 3 chapas inscritas no pleito. Com muita clareza o professor Ângelo Pinto iniciou o seu discurso com a pergunta “Quem eu sou?” para apresentar o seu perfil e o seu programa para a Reitoria. Demonstrando competência para ocupar o cargo, o candidato comentou o seu currículo destacando sua atuação na área acadêmica e de pesquisa, e também à frente de cargos administrativos.

Professor Titular da UFRJ, Diretor da unidade e membro do Conselho de Ensino para Graduados (CEPG). Por duas vezes ocupou o Conselho de Administração da Fundação Universitária José Bonifácio, Membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), foi Presidente da Sociedade Brasileira de Química (SBC) e participou da coordenação das principais agências de fomento à Pesquisa do País como a Capes, Faperj e CNPq. Como reconhecimento de suas trajetória no ensino e na pesquisa já recebeu prêmios nacionais e internacionais.

Preocupada com o desenvolvimento sustentável, defendendo o projeto de uma “UFRJ verde”, a chapa 99 optou por não distribuir material impresso de campanha. “Tudo o que os eleitores precisam saber estão no blog e nos murais das unidades” – declarou o professor Ângelo Pinto, em uma clara demonstração de compromisso com o meio ambiente e com a sustentabilidade do planeta.
Diferenciando-se em outro ponto das demais candidaturas, a chapa 99 decidiu por não indicar nomes que vão compor sua gestão em caso de vitória, traçando apenas os perfis necessários para os ocupantes aos cargos.

Conheça agora alguns pontos do programa da chapa 99 apresentados no debate:

Transparência na gestão – Usar as mídias digitais para divulgar os relatórios de todas as unidades da UFRJ, deixando claro e transparente como, onde e em que está sendo gasto o orçamento da instituição, e o seu retorno para sociedade em termos de formação de recursos humanos, competência para pesquisa e atividades de extensão.

Defendeu a criação de avaliações anuais para os docentes, relatórios anuais para todas as unidades, incluindo as Pró-Reitorias, reformulação dos prazos para Concursos de docentes.
UFRJ no topo das universidades – Instituição deverá se espelhar nas grandes universidades tanto brasileiras como estrangeiras para alcançar o padrão de excelência. Nos indicadores atuais a UFRJ encontra-se muito aquém de outras universidades federais.

Gestão Participativa – A UFRJ deverá ter uma gestão compartilhada de profissionais de reconhecido mérito acadêmico, contando com a colaboração de um “Conselho de iluminados” constituído por ex-reitores e professores eméritos.

Pesquisa, ensino e extensão de qualidade – Defesa de uma autonomia na avaliação, tanto nos cursos de graduação como nas atividades de extensão com a comunidade.

Apoio a Interiorização –. Defesa de uma descentralização administrativa, com a criação de uma Pró-Reitoria para o campus de Macaé. Reforçar a interiorização no plano diretor UFRJ 2020-

Centralização das Bibliotecas – Cada centro deverá ter apenas uma biblioteca, para que os recursos possam ser direcionados e assim possibilitar a criação de um ambiente favorável ao estudo e preservação do acervo. Salas climatizadas e com incidência de luz natural estão previstas no projeto destas.

Criação de novos cursos de licenciatura – Consciente da deficiência brasileira em termos qualificação de recursos humanos para atuar no de ensino fundamental e médio, a chapa 99 elege como prioridade a expansão de cursos de Licenciatura em sua administração.

Contrapartida para bolsa – A Chapa 99 é contra o puro assistencialismo. Defende a concessão de bolsas para todos os estudantes carentes, mediante a prestação de serviços e ao desempenho escolar.

Reformulação do Estatuto da UFRJ – Defende a redefinição do perfil do docente para se candidatar à reitoria, porque pelas regras vigentes 86% do corpo docente da UFRJ é considerado apto para candidatura ao cargo, porque basta possuir o título de doutor e não estar em estágio probatório. Separação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, assim como acontece em algumas universidades brasileiras.

Criação de alojamento para estudantes da América Latina e ÁfricaO Brasil hoje é um player internacional que precisa ser solidário com os paises da África e da América latina. Captar recursos para construção desse alojamento é um dos objetivos da chapa 99.

Curso de “Minerva” – Todo professor e técnico-administrativo recém ingresso na UFRJ deverá passar “por um curso” para ter conhecimento do estatuto e do regimento da Universidade, e o funcionamento de suas Pró-Reitorias e Decanias. Isso valerá também para os calouros que deverão passar pelo mesmo “curso” para conhecer seus direitos e deveres na Instituição. 

Após o debate, a comunidade na UFRJ teve a certeza de ter uma outra opção de voto: Chapa 99 nas eleições que serão realizados nos dias 11,12 e 13 de abril de 2011.
Exerça seu direito à democracia. Vote!

Texto e fotos: Lucia Beatriz Torres - Jornalista JP28418RJ

quarta-feira, 23 de março de 2011

Boletim Olhar Virtual 330

“Por que não uma UFRJ verde?”

Aline Durães

 Angelo da Cunha Pinto tem vasta experiência à frente de cargos administrativos. Professor Titular do Instituto de Química (IQ) da UFRJ, já foi diretor da unidade e membro do Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) e do Conselho Universitário (Consuni). Presidiu a Sociedade Brasileira de Química e participou da coordenação das principais agências de fomento à Pesquisa do país (CAPES, FAPERJ e CNPq).
Para o professor, sua candidatura se distingue das demais por não apresentar uma proposta fechada. Ainda não indicou os nomes que vão compor sua gestão em caso de vitória. “Em vez de indicar pessoas, traçamos o perfil dos ocupantes dos cargos. Por exemplo, em nossa opinião, um pró-reitor de Pesquisa precisa ser um bom pesquisador e conhecer, por dentro, as agências de fomento nacionais e internacionais.”
Preocupado com o desenvolvimento sustentável, defende uma mudança de postura quanto à aquisição de material e descarte de lixo na universidade. “Por que não uma UFRJ verde? Nossa meta é a emissão zero. O responsável por cada equipamento que chega à universidade deve saber o impacto desse item no aquecimento global. E, quando for o caso, pode compensar isso plantando novas árvores no campus. Espaço aqui não falta”, destaca.
Angelo é favorável a avaliações das atividades docentes pelos estudantes e por setores da sociedade e acredita que a UFRJ pode se preparar melhor para apoiar os megaeventos esportivos de 2014 (Copa do Mundo de Futebol) e 2016 (Jogos Olímpicos). Conheça um pouco mais da proposta do candidato da Chapa 99.
Olhar Virtual: Em sua opinião, qual o perfil do profissional que a UFRJ forma e qual ele deveria ser?
Angelo da Cunha Pinto: Em uma sociedade que sofre transformações intensas como a nossa, você forma um aluno que nunca estará totalmente preparado para enfrentar essas mudanças. O primordial é que ele tenha conhecimentos básicos, mas muito sólidos, que o preparem enquanto indivíduo. Uma formação sólida, acadêmica, que permita aos estudantes pensar o mundo em desenvolvimento.
Sou a favor de um ensino mais global, humanista. Não tem sentido alguém entrar para Física, Química ou mesmo para as Engenharias. A ideia é que os estudantes possam ingressar em um curso básico e que, depois, optem por uma especialização.
Esse modelo de ensino não é novidade. O Chile fez isso nos anos 1980, a Universidade do ABC também adota esse modo. Temos que ter um espaço aqui dentro que discuta mudanças e que aponte para o futuro.
Resistências a essa proposta vão acontecer e existem porque grupos de professores querem ter seu espaço, não desejam ser avaliados, querem manter o domínio individual. Por isso, a mudança passa por um processo de convencimento, que mostre que esse modelo não é pioneiro; ele deu certo em grandes universidades e a UFRJ está atrasada em relação a isso.
Olhar Virtual: Muito se discute sobre a necessidade de alterações no estatuto da UFRJ. Por onde essa mudança deve começar?
Angelo da Cunha Pinto: As mudanças devem começar pela base. Devem apontar onde esse documento é incoerente. Existem, hoje, no Estatuto da UFRJ mais órgãos suplementares do que faculdades, escolas e institutos. Por exemplo, toda a área de Psiquiatria da Praia Vermelha é composta por órgãos suplementares da Medicina. Será que isso é razoável? Olhando mais a fundo, me parece que o estatuto da universidade é uma colcha de retalhos.
Não diria que sou a favor de uma “Estatuinte”. Mas afirmo que os colegiados e centros deveriam começar a fazer essa discussão. Seria interessante, por exemplo, que todo professor, ao ingressar na UFRJ, recebesse o estatuto para conhecer a instituição. Ele poderia também percorrer as Pró-reitorias, ler o regimento da sua unidade. É o que chamamos de “Curso de Minerva”, cujo objetivo é permitir ao novo docente conhecer a universidade. Hoje em dia, ele entra aqui e não conhece nossa estrutura.
Olhar Virtual: Como o senhor avalia o papel da Extensão na universidade?
Angelo da Cunha Pinto: Dizem que a universidade é Ensino, Pesquisa e Extensão. Mas esses três itens devem ser de qualidade. Não é porque é vinculado à Extensão que o projeto tem de ser de qualidade inferior. Muitas vezes, um projeto de extensão carrega em si os demais itens: se sobrepõe à parte de Ensino e pode, inclusive, usar muitos dos resultados de uma pesquisa para  avançar.
A Extensão, assim como a Pesquisa, também deve ter avaliação. A própria sociedade deveria analisar esses programas. Se a Extensão segue em prol da sociedade, quem deve dizer se ela valeu ou não é quem recebeu esse benefício.
Temos um entorno grande, por que não receber na universidade os meninos das escolas municipais e estaduais da Maré? Isso ajudaria a quebrar barreiras e seria um projeto de Extensão fantástico.
Da mesma forma, podemos atrair mais alunos de Graduação via cursos noturnos. Esses alunos são aqueles que, geralmente, precisam trabalhar para ajudar na renda da família. Nós temos espaços enormes desocupados aqui à noite. Teríamos não como duplicar, mas até quintuplicar o número de estudantes se aproveitássemos o período da noite. Faríamos isso sem precisar mudar a infraestrutura de salas, sem ampliar ou construir nada. O aluno poderia ficar mais um ou dois anos fazendo seu curso e, ao final, teria a mesma formação do curso diurno.
Olhar Virtual: Dentro de uma estrutura administrativa da universidade, como o senhor avalia o papel da Comunicação Institucional?
Angelo da Cunha Pinto: A Comunicação Institucional é extremamente importante para divulgar o que cada unidade faz, tanto para a sociedade, como para o corpo social da universidade. Por exemplo, quantos servidores sabem que o Instituto de Química possui um laboratório credenciado pelo Comitê Olímpico Internacional para antidopagem nas Olimpíadas? Pouca gente. E os prêmios recebidos por nossos pesquisadores? Temos muitos docentes recompensados com prêmios nacionais e internacionais. Mas poucos sabem disso. Eles são motivo de júbilo para a universidade. Essas iniciativas devem ser divulgadas. Melhoramos muito em termos de Comunicação Institucional nos últimos quatro anos, mas ainda é muito acanhada. A TV universitária, por exemplo, poderia ser mais bem aproveitada. De qualquer forma, o mundo hoje é composto de informação e de imagem e a Comunicação é uma ferramenta importantíssima.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Confira a programação dos debates:

Dia 22/03 (18h) - Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), no campus da Praia Vermelha.

Dia 24/03 (15h) - Campus Macaé.

Dia 29/03 (10h) - Auditório do Centro de Tecnologia (CT)

Dia 04/04 (10h) - Auditório Rodolpho Paulo Rocco
(Quinhentão), no Centro de Ciências da Saúde (CCS).

Dia 05/04 (10h) - Pólo de Xerém - Sala 01